A fraude mascara o fiasco do PAC (Augusto Nunes, em 2 de março de 2010):
O Josias de Souza já havia alertado em 2008 sobre o desempenho medíocre do PAC (e sobre seu uso eleitoral por Dilma), e em 2009 o Carlos Alberto Sardenberg mostrou que o PAC estava se apropriando de outras obras, prá inflar o currículo. A cara da mãe.
Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo na edição desta terça-feira revela que os balanços do PAC têm sido discretamente maquiados ou grosseiramente fraudados para induzir o país a acreditar que vai muito bem o que se arrasta, patina ou não sai do lugar. Se o governo não adotasse a metodologia da vigarice, o mapa das obras seria um oceano de carimbos vermelhos (”preocupante”) e amarelos (”atenção”), com um punhado de ilhas assinaladas em verde (”adequado”). Graças à maquiagem operada por trocas de datas e palavras, o desastre administrativo é apresentado como a prova definitiva de que não há outra gerente de país como Dilma Rousseff.Revista VEJA de 10 de junho de 2009:
A primeira conclusão é que a parcela do PAC efetivamente paga pelo governo é minúscula. O programa, lançado em 2007, contempla investimentos de 646 bilhões de reais, que deveriam ser realizados até o fim do ano que vem. Em dois anos e meio, o governo desembolsou, por meio do Orçamento da União, apenas 22,5 bilhões de reais, ou 3,5% do total. Esse número pode surpreender, mas o governo nunca pretendeu entrar com a maior fatia do bolo.
(...)
A segunda constatação é que as ações do PAC seguem em velocidade mais lenta que a propagandeada. Na semana passada, a ministra Dilma apresentou o sétimo balanço do programa. Afirmou que 77% das ações estão em "ritmo adequado". A classificação é otimista demais e inclui projetos que nem sequer foram licitados. Um levantamento feito por VEJA, com 41 dos maiores projetos do PAC (veja quadros), exibe um quadro menos animador. Apenas 30% deles estão dentro do prazo. Os demais se arrastam.
O Josias de Souza já havia alertado em 2008 sobre o desempenho medíocre do PAC (e sobre seu uso eleitoral por Dilma), e em 2009 o Carlos Alberto Sardenberg mostrou que o PAC estava se apropriando de outras obras, prá inflar o currículo. A cara da mãe.
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