quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Niemeyer, a arquitetura da destruição -- Demétrio Magnoli

Niemeyer, a arquitetura da destruição - Jornal O Globo

Niemeyer inscreve-se na matriz de Le Corbusier, o fundador de uma arquitetura da destruição que, consagrada à estética do poder, odeia a história, o espaço público e as pessoas comuns.(...)

Para além disso, Niemeyer compartilhou com seu mestre a crença fundamental na “missão civilizatória” do Estado — isto é, no privilégio estatal de mobilizar ilimitadamente a terra urbana para esculpir a cidade (e a sociedade) segundo os ideais da elite dirigente. Os dois arquitetos solicitam o patrocínio de tiranos — ou melhor, de tiranos com uma Visão.(...)

A estética de Niemeyer é uma declaração política. Em Brasília, como registrou James Holston, o contraste tipológico entre os edifícios públicos, “objetos excepcionais, figurais, de cunho monumental” e os edifícios residenciais, “objetos seriais, repetidos, que são cotidianos”, representa a utopia regressiva almejada pelo arquiteto.(...)

Nenhum “governante compreensivo” se equivoca ao convocar o “arquiteto comunista” cujos projetos oferecem as melhores oportunidades no jogo do superfaturamento de obras públicas.

Para ler mais sobre Niemeyer, veja aqui, aqui e aqui.

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