quarta-feira, 1 de setembro de 2010

o que não se perdoa a FHC é o seu sucesso

Excertos de texto de José Roberto Guzzo, na revista Veja:
O Brasil, por força de teimosa tradição, em geral não convive bem com o êxito; na célebre definição do compositor Tom Jobim, sucesso, por aqui, é “insulto pessoal”, tanto para inimigos como para amigos de ocasião. Em vez de admiração, provoca ressentimento. Em vez de afeto, atrai inimizades. (...)

Não gostam dele, de modo geral, professores universitários, cientistas políticos, analistas da imprensa, economistas, grandes vultos da cultura nacional - e possivelmente, como diria a socialite-celebridade Eleonora Rosset, o resto da intelligentsia brasileira, “de Marilena Chaui a Hebe Camargo”. O desapreço por Fernando Henrique, enfim, acabou se tornando um fenômeno interpartidário. (...)

Entende-se melhor o espírito da coisa quando se verifica que a acusação talvez mais repetida descreve o ex-presidente como “arrogante” ou “vaidoso” - uma escolha realmente infeliz de palavras, pois comparado ao seu sucessor nesse quesito, justo nesse, o homem chega a parecer um monge trapista.
A charge abaixo capta bem o comportamento (muito comum em intelectuais, diga-se de passagem), que no caso de FHC foi imperdoável.


Charge de Millôr Fernandes


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