terça-feira, 4 de maio de 2010

Leituras da Semana

Especial: A indústria da demarcação de terras - Edição 2163 - Revista VEJA:
Os laudos antropológicos são encomendados e pagos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Mas muitos dos antropólogos que os elaboram são arregimentados em organizações não governamentais (ONGs) que sobrevivem do sucesso nas demarcações. A quantidade de dinheiro que elas recebem está diretamente relacionada ao número de índios ou quilombolas que alegam defender. Para várias dessas entidades, portanto, criar uma reserva indígena ou um quilombo é uma forma de angariar recursos de outras organizações estrangeiras e mesmo do governo brasileiro. Não é por outro motivo que apenas a causa indígena já tenha arregimentado 242 ONGs. Em dez anos, a União repassou para essas entidades 700 milhões de reais.
De Tegucigalpa a Teerã – Sem entender do assunto, brasileiros debatem política externa « Gustavo Chacra:
Este debate sobre política externa é positivo e nos abre para o mundo. Claro, temos que ouvir besteiras homéricas, já que pessoas com pouca experiência internacional escrevem sobre o assunto. Vemos situações bizarras de criticarem iranianos e israelenses sem jamais terem postos os pés no Oriente Médio e, acreditem, terem conversado com um muçulmano ao vivo. Generalizam “os muçulmanos” e insistem em criticar a religião islâmica, os persas e os árabes (muitas vezes cristãos), além, claro, do tradicional anti-semitismo, existente bem antes de política externa ganhar espaço no Brasil. Ou, como no caso da administração brasileira e da maioria dos órgãos de imprensa, de chamar de golpe a deposição do presidente hondurenho, prevista na Constituição daquele país.
Honduras e o conceito “flex” de democracia | Marcos Guterman:
O presidente Lula acha “precipitado” que se aceite o retorno de Honduras à comunidade internacional. Para ele, segundo seu porta-voz, reconhecer o governo de Porfírio Lobo agora seria “criar precedente perigoso para eventuais e futuros regimes de exceção” na América Latina. Para lembrar: Porfírio Lobo foi eleito depois que Manuel Zelaya foi removido do poder por tentar mudar a Constituição, com a ajuda do venezuelano Hugo Chávez, para se perpetuar no poder. (...)

O mesmo zelo, no entanto, não é observado quando se trata de Cuba, que não é um “futuro regime de exceção” na América Latina, mas sim uma antiqüíssima ditadura – que, no entanto, goza de profunda admiração de Lula. Enquanto as decisões internas em Honduras não são consideradas válidas pelo governo brasileiro, as decisões internas em Cuba – como perseguir dissidentes – são vistas como um problema exclusivamente cubano.
O silêncio é menos absurdo do que o som da insensatez | Augusto Nunes - VEJA.com:
Acampados nas colunas dos grandes jornais, os profetas da imprensa não se rendem. A tribo previu a rendição sem luta de José Serra, a ruptura entre o governador paulista e Aécio Neves, a deserção de Tasso Jereissati, a aparição de rachaduras na aliança entre o PSDB, o DEM e o PPS, a reedição em escala ampliada do espetáculo da incompetência política apresentado em 2002 e 2006. (...)

Como se não fosse possível, enfim, diagnosticar a cada discurseira um caso incurável de indigência intelectual. “Ela precisa concluir o raciocínio”, descobriu Lula na semana passada. O problema é bem mais grave. Só pode ser concluído o que começa, e Dilma Rousseff é incapaz de articular um raciocínio lógico. É aceitável que Lula não saiba disso: ele não conseguiria enxergar diferenças entre um Franklin Roosevelt e um Evo Morales. É compreensível que o rebanho engula Dilma sem engasgos: os devotos do Mestre engoliram até José Sarney fantasiado de homem incomum. O espantoso é o engajamento na farsa dos colunistas videntes.
Rodrigo Constantino: A Influência de Lula:
Hitler, aquele que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores na Alemanha, aquele defensor do nacional-socialismo, aquele que contava com um marqueteiro profissional para enganar o povão, aquele que conquistou amplo apoio popular com sua retórica sensacionalista e antiliberal, enfim, aquele mesmo que foi responsável pelo Holocausto, já foi o “homem do ano” desta mesma revista [Time]. Além dele, outro que consta na lista é Aiatolá Khomeini, que foi o vencedor em 1979. Uma turma influente, sem dúvida. Mas ninguém diria que a influência foi positiva! Ou quase ninguém...

Para piorar a coisa, está na mesma lista deste ano a ex-candidata Republicana Sarah Palin. Sim, essa mesmo, que foi ridicularizada pela esquerda toda – não sem boa dose de razão.
Correção: Serra não comparou fumantes a ateus, diz agência RBS - O Globo:
O "Jornal de Santa Catarina", do grupo RBS, corrigiu nesta segunda-feira informação errada divulgada sobre a visita do ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, ao estado para participar do Congresso Internacional dos Gideões Missionários, no sábado à noite. Diferentemente do que divulgou a agência RBS - e foi publicado em diversos veículos, inclusive no GLOBO --, Serra não se referiu a fumantes como pessoas "sem Deus". Na verdade, o discurso do tucano não relacionou diretamente o fumo com a religião.

Chamou-me a atenção nesse "erramos" d'O Globo um comentário que dizia "Como leitor do Globo desde que me entendo por gente e do Globo On Line desde 2001, percebo com facilidade que esta matéria foi arquitetada para promover essa declaração típica de clichê do Serra". Se entendi direito, a notícia mentirosa (da qual o Serra não vai se livrar tão cedo) é na verdade uma manobra insidiosa para aumentar a popularidade do candidato? Realmente, para alguns é mais fácil ajustar a realidade à sua teoria do que o oposto...




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