sábado, 16 de maio de 2009

Fiel cumpridor

Trechos de editorial do Estadão (do dia 12 de Maio):
A léguas de distância da imagem ronceira que exibiu quando contou à CPI do Mensalão que dinheiro do publicitário Marcos Valério serviu para pagar despesas da campanha de Lula em 2002, o rejeitado militante fez um discurso memorável ao Diretório Nacional do partido com o qual se vangloria de ter uma identidade inquebrantável. Ele de fato se mostrou um petista de corpo inteiro. "Começaria tudo outra vez, se preciso fosse", assegurou com uma franqueza inoportuna, diria Lula.

Rigorosamente fiel à interpretação lulista do ilícito conexo com o crime continuado do suborno de deputados federais - o caixa 2, disse o presidente numa famosa entrevista em Paris, é algo feito sistematicamente pelos políticos -, Delúbio perguntou à companheirada: "Do que me acusam? Quantos são os políticos brasileiros que realizaram campanhas eleitorais sem que alguma soma, por menor que fosse, não tenha sido contabilizada?" Foi aplaudido. A essa altura, nem a companheirada que o ouvia, muito menos ele próprio, se lembraria dos velhos tempos em que o petismo desfilava perante o País a sua pretensa singularidade ética, o seu repúdio cabal a todas as formas de corrupção política.


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