segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ministério da campanha contínua

Noticiado no blog do Josias de Souza:
Lula bateu o martelo. Decidiu nomear para sua equipe de ministros o ex-prefeito petista de Belo Horizonte Fernando Pimentel. A posse ocorrerá nos próximos dias, em data a ser agendada. Pimentel será o novo mandachuva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social.

(...)

Esvaziado, o órgão proverá a Pimentel status e salário de ministro, além de uma agenda de trabalho mansa e flexível. Uma rotina maleável o bastante para permitir que o novo titular comece a trabalhar num projeto tão prioritário para Lula quanto alheio às atribuições de sua pasta.

Fernando Pimentel chega a Brasília, conforme noticiado aqui, para dar início ao esboço do esquema da campanha presidencial de Dilma Rousseff, a candidata de Lula. O presidente deseja fazer de Pimentel o coordenador do comitê de campanha de Dilma.

Lembrei-me imediatamente desse artigo de Eugênio Bucci publicado dia 29 de janeiro no Estadão:
Mais agressivo a cada dia, o Estado, refeito em anunciante, assedia os veículos de imprensa com dinheiros poderosos. Para jornais e emissoras menores, mais vulneráveis, aparece como poder de cooptação, num convite sutil para que eles atenuem suas linhas editoriais e, assim, não comprometam seu faturamento. Para outros, é puro poder de intimidação. A hipertrofia do Estado-anunciante tende a criar no País um ambiente de dependência de órgãos de imprensa em relação ao poder público - e onde a dependência se instala a liberdade se apequena.

Nada mais natural quando se acha que democracia e popularidade são sinônimos, que se instaure um monopólio publicitário. Creio que a "democracia participativa" não contava com esse eterno clima de campanha eleitoral, ainda mais monopolizado pelo Estado...

Um comentário:

  1. Gostaria de ver o dia que o Brasil vai eleger um presidente contando apenas com pequenas doações de seus eleitores.

    Me adiciona no Twitter! @ricardopoppi

    Abcs!

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