terça-feira, 25 de março de 2008

Curso de tiro no pé a distância

Leio agora há pouco no blog do Nassif (25/03/08 13:25):
Já o o governador de São Paulo, instado a repercutir o tal dossiê dos cartões, preparado pela revista Veja. não vacilou: "Se for verdade...." que venham todas as punições, será um absurdo e as frases que cabem no contexto. O se salva qualquer repercussão. "Se for verdade..." que Lula ou FHC cometeram parricídio, eles devem ser exemplarmente punidos. Tem o mesmo valor de: se minha avó fosse roda, eu seria bicicleta.

É o mesmo dilema do biólogo da USP instado a "repercutir" o "boimate": "Se for verdade, será a maior revolução da história da genética".

O mais custoso é que vai se alimentando a notícia com as repercussões em torno do se. A desmoralização do jornalismo vai escorrendo da Veja para os demais órgãos que aceitam o se salvador.
Interessante... lendo alguns outros posts - a maioria de autoria de terceiros, se der problema, "foi ele que disse" - encontro outras pérolas escritas por ele:

25/03/08 14:28:
Simples. Se de fato há uma fogueira se alastrando, o que a moça propõe é que, em vez de jogar água de balde, o governo comece a construir uma sede para o Corpo de Bombeiros.
24/03/08 09:14:
Se o valor do patrimônio imobiliário das famílias cair 25% (hipótese considerada plausível) US$ 5 trilhões virariam pó.
24/03/08 09:01:
A única ajuda será se a crise internacional interromper essa queda do dólar frente ao real. (clique aqui)
23/03/08 12:27:
Se podem beneficiar tanto um quanto outro, o parágrafo poderia ter terminado com a frase: "E a expectativa dos governistas de São Pauylo é que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) apareça vinculado às obras".

Agora, cá para nós: se receber verbas do PAC em ano eleitoral fosse ruim para as eleições, Serra, Kassab e César Maia teriam assinado os convênios?
23/03/08 11:11:
Chamo atenção, no entanto, para os desdobramentos da crise econômica internacional no Brasil. Se as contas externas continuarem deteriorando no ritmo atual, a crise explodirá em 2010. Explodindo, cesse tudo o que a análise política supõe.
23/03/08 08:28(copiado de outro site):
A Veja sabe, de experiência própria, que informações podem ser compradas. O dossiê, se é que existe, pode ainda ser obra de pessoas interessadas em desgastar o governo.

Infelizmente, a revista usa a legislação que protege suas fontes para esconder quem "vazou" as tais informações que a Veja alega ser um dossiê preparado pelo governo. Esta informação poderia ajudar o Ministério Público a descobrir se houve realmente intenção de chantagear a oposição.
20/03/08 10:58 (após três dias só copiando os comentários...):
Agora se esse capital em uma lagoa profunda tentando pular de tronco em troco para se sustentar – e sem saber o que é tronco de árvore, o que são costas de jacaré. Aí mora o perigo. Abriu-se a porteira e a manda está prestes a estourar.
Cansei. Ato falho? Descompromisso? Gramática? Moral Trotskyana?

Aliás, comecei a ficar cansado quando li um post onde ele acusava alguém (acho que um "inimigo", né?) de mandar um e-mail (ou um post, não me lembro) mal-educado. Quando os comentários céticos vieram, a reposta dele era "mas eu chequei", "mandei um e-mail prá ele e esperei trocentos dias". Aí eu pensei: há duas possibilidades, ou o autor do e-mail era o sujeito ou não era. Se fosse o autor, ele não responderia ao contato do Nassif nem assumiria in judice a autoria. E se não fosse o autor (ou seja, alguém se divertindo às custas da confusão) ele poderia até responder, mentindo novamente, ou mais provavelmente não responderia. Note que o meio que o Nassif usou para confirmar a acusação é irrelevante.

Tem também a história do morto-ressucitado, da falsa mudança de endereço (não mudou ao menos desde outubro de 2007 - o wayback machine vai dizer em seis meses), e da revista cuja reputação ele quer assassinar. Também cansou a falta de conteúdo: seria mais honesto o Nassif ensinar o pessoal a usar blogs e então oferecer-se como um agregador do que simplesmente jogar os comentários como se fossem posts (e legalmente, de sua autoria, tanto para fins de direitos autorais como para eventuais acusações). Então eu teria uma idéia melhor do que ele pensa e de como escreve.

Mas eu me diverti ao ver a escalada no prêmio ignoBest, onde ele ensinava a criar uma (ou várias!) contas no gmail, e como se votava em um (ou vários!) candidatos, com o intuito de tirar um concorrente da primeira posição.

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