sábado, 31 de março de 2012

Questionamento válido a todos os revolucionários que não se importam tanto com o sangue alheio

A luta pela memória -- LUIZ SÉRGIO HENRIQUES no Estadão (negrito adicionado por mim)
A democracia, decididamente, não é um grande monólogo; antes, pressupõe a diversidade de falas, cada uma delas com maior ou menor capacidade de convencimento (de universalização). Por isso, em algum momento, não, obviamente, no terreno criminal, mas no terreno da política, colocar-se-á novamente uma questão espinhosa para o conjunto das esquerdas: por que a "militarização da política" se revelou uma tentação irresistível para tantos agrupamentos, com o respectivo respaldo dos seus intelectuais e de toda uma cultura difusa que pregava a "crítica das armas" e desprezava as "armas da crítica", ou seja, a luta nos espaços legais que nunca deixaram de existir?
Em outras palavras, por que, afinal, a resistência democrática e a esquerda armada representaram fenômenos diferentes e até antagônicos, na medida em que bem se pode argumentar que aquela crítica das armas contribuía, a despeito das melhores intenções, para o endurecimento do próprio regime que se queria combater?
[não aprendemos nada mesmo]
#OccupyDoroty
Como nos sugerem que resolvamos os problemas -- não se pode agradar a todos, né leãozinho? (desenhado por Mike Jacobsen)

Um comentário:

  1. Se por acaso não ficou claro para alguém, o post e o artigo referenciado não põem em dúvida os problemas apontados, mas sim as soluções propostas -- que flertam com a violência em detrimento do debate pacífico.

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