domingo, 3 de abril de 2011

A cada passo adiante, dois para trás

Três trechos de artigos lidos no Jornal da Ciência.

A USP reage - Editorial da Folha de São Paulo de 1⁰ de Abril:
Podem-se aventar razões benignas para o fenômeno, como a preferência por cursos mais próximos do local de moradia ou trabalho dos estudantes, agora que o acesso a faculdades privadas foi facilitado por bolsas do ProUni. Mas também é possível que a USP esteja enfrentando concorrência de outras universidades, particulares ou federais, no terreno da própria qualidade acadêmica.

A USP precisa agir com flexibilidade e inventividade para adaptar-se à nova situação. Tapar a brecha para a distorção dos treineiros piratas é só o começo.
A nova ordem científica - O Globo:
O desafio é fazer com que a experiência bem-sucedida aqui seja aplicada em outras regiões brasileiras. Há, porém, outras pedras no caminho. Uma é a que a produção científica nacional, embora continue crescendo, aos poucos tem pisado no freio. Entre 1994 e 1998, este índice cresceu a uma velocidade de 17% ao ano. De 2003 a 2008, a 5,3% anuais. (...)

O Brasil investe, atualmente, 1,6% do PIB em ciência e tecnologia. A meta é elevar este percentual para 2,5% até 2022. Este ano, no entanto, o País deu um passo para trás. O ministério responsável pela área terá um corte de R$ 1,7 bilhão em seu orçamento - sobrarão R$ 6,4 bilhões de receita.
SBPC: declaração de inconstitucionalidade das organizações sociais pode afetar produção científica - Agência Brasil:
Hoje (31), o Supremo Tribunal Federal (STF) julga ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que questiona a legalidade das organizações sociais. A ação foi movida em 1998 pelo PT e pelo PDT, coligados em chapa que concorreu à Presidência da República nas eleições daquele ano.

De acordo com os dois partidos, o funcionamento das OS, previsto na Lei 9.637/1998, significa a privatização de atividades de competência do Estado, esvazia o controle social sobre as políticas públicas e programas executados e fere ritos da administração pública, já que os contratos de gestão das organizações sociais com órgãos públicos dispensam licitação.
As organizações sociais incluem instituições de pesquisa como o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), e o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS).

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