domingo, 27 de março de 2011

Financiando a pesquisa - com burocracia e ideologia

Trechos de algumas reportagens da semana disponíveis no Jornal da Ciência.

Um novo modelo científico para o Brasil - Andrew Simpson:
Estou convencido de que a ciência é mais bem organizada como uma meritocracia dinâmica que empodera o cientista individual. Isso geralmente se consegue quando a maior parte dos recursos disponíveis é canalizada por cientistas individuais, empregando um processo que requer renovação em intervalos regulares, baseada em revisão por pares. (...)

É fato notório que, nos EUA, muitas das universidades mais bem-sucedidas no campo da pesquisa, como Harvard, Yale e Stanford, são instituições privadas. Não vejo razão pela quais instituições igualmente prestigiosas não possam se desenvolver no Brasil.
Novo presidente da AEB diz que atraso marca ações do País - Folha de São Paulo:
O matemático Marco Antonio Raupp, novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), tomou posse ontem (21) dizendo que a maior marca do programa espacial brasileiro é o atraso. Ele prometeu uma revisão completa do programa ao longo do próximo mês. "A marca do nosso projeto é o atraso", afirmou.

Segundo Raupp, será discutida a possibilidade de a agência contratar empresas privadas para executarem projetos espaciais -- como os Estados Unidos fazem. "Empresas como a Embraer, que criou uma filial para defesa, têm tudo para ser integradoras", afirmou.
Decreto 7.446 invibializará a gestão das agências federais de fomento - Helena B. Nader (presidente da SBPC):
A SBPC vê com temor e extrema preocupação o decreto de 1º de março, que estabelece limites de valores e novos procedimentos para o empenho de despesas com passagens, diárias e locomoção. (...)

Da forma como foi redigido, qualquer pessoa que saia do País, com passagem paga pelo governo federal, inclusive bolsistas de pesquisa, deverá ter sua despesa autorizada previamente pelo ministro a que está subordinado. Atualmente, há cerca de 15 mil bolsistas no exterior, o que significaria que o ministro de Estado teria que dedicar boa parte de seu tempo concedendo autorizações para a renovação dessas bolsas.
Decreto assinado pela presidente Dilma reduz pela metade teto dessas despesas e preocupa cientistas - O Estado de São Paulo:
O Decreto publicado no início do mês tem causado polêmica na comunidade científica. Segundo o Estado apurou, a norma reduziu em cerca de 50% o teto das despesas com viagens de servidores federais e colaboradores eventuais e centralizou a autorização dos gastos nos ministérios. Isso prejudicaria, por exemplo, o deslocamento de professores de universidades federais para a participação em congressos e defesas de teses.


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