segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A res publica é minha

Pouco demais « Daniel Piza:
A reação do presidente Lula às críticas de seus opositores e de observadores independentes à violação do sigilo fiscal de tucanos e da família de José Serra, por funcionários da Receita comprovadamente filiados ao PT, só fez endossá-las. Afinal, Lula não reservou nem sequer uma linha do discurso para criticar os aloprados travestidos de servidores. Como presidente de uma nação democrática e não coordenador de uma campanha partidária, tem a obrigação não só de manifestar repúdio a um atentado contra os direitos civis, mas também de mandar que ele seja investigado e punido. Se fosse realmente contra a exploração eleitoral (de resto inútil), trataria de despartidarizar a questão.

O que fez foi exatamente o contrário. Nem é preciso ser um estadista para agir como deveria; basta ser um mandatário ciente de que o cargo é maior que a pessoa. Acontece que em muitos momentos de seus dois mandatos Lula se esqueceu de tão simples fato. Desde a estrela vermelha que mandou podar no jardim do Planalto até os sucessivos palanques aonde subiu ao lado da ministra nos últimos meses, ele sempre se achou acima do bem e do mal – e, quando houve algum mal, botou a culpa na “praxe”. Alguns dias atrás, apareceu com o boné do partido em ocasião oficial.


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