sábado, 4 de setembro de 2010

Moral elástica

Trecho do texto "Faca na mão, multiculturalismo no coração" [Diogo Costa no OrdemLivre.org]:
Não existem diferentes lógicas assim como não existem diferentes justiças ou diferentes verdades. E a verdade é que, se o assassinato de inocentes é um crime, uma violação de justiça para todos os humanos, logo será crime se for praticado no oeste europeu, no leste asiático, ou no centro-oeste brasileiro. Direitos humanos se aplicam a toda a humanidade, não apenas a crimes cometidos por ocidentais contra outras culturas, ou por maiorias contra minorias.

Drª. Neusa provavelmente acredita no progresso, que as transformações ocorridas no Brasil e no resto do mundo civilizado nos últimos 50 anos foram provavelmente positivas. Mas não acredita no progresso para os outros. Os outros devem permanecer exatamente como são no momento da observação do cientista social. A compreensão do valor da vida humana, da dignidade de cada pessoa, pode ser ensinada aos filhos da Drª. Neusa, mas não aos seus vizinhos étnicos. Eles não podem ter nenhum tipo de progresso moral, devem permanecer praticando os mesmos hábitos, trabalhando nas mesmas profissões, e morrendo das mesmas doenças. Quem lhes trouxer mudanças que ampliem sua expectativa de vida e sua capacidade de escolha será considerado um corruptor cultural.

O multiculturalismo da Drª. Neusa está protegendo a civilização indígena dos hábitos ocidentais da mesma forma que um muro de Berlim protegia os alemães orientais da liberdade ou a pobreza de Bangladesh protege seus habitantes da prosperidade.
Dica do De Gustibus, que recomendou também essa notícia do Estadão:
No dia seguinte à abertura oficial das conversas de paz entre israelenses e palestinos, a segurança foi reforçada em toda a cidade de Jerusalém, que recebeu mais de 120 mil fiéis muçulmanos para as rezas da última sexta-feira do Ramadã na Esplanada das Mesquitas, que ocorre também às vésperas do ano-novo judaico.

A tensão, acima do normal, justifica-se pela ameaça de grupos radicais palestinos de intensificar seus ataques para impedir o avanço das conversações. Na Faixa de Gaza, 13 milícias radicais - que incluem do braço armado do Hamas, o Ezzedine Al-Qassam, a grupos locais pouco conhecidos - divulgaram um documento conjunto no qual pregaram o aumento dos atentados contra israelenses.
Sobre as negociações, leia o comentário de Marcos Guterman:
O governo do Irã chamou de “traidores” os países árabes que estimularam e estão participando da retomada das negociações de paz entre Israel e palestinos. Ao mesmo tempo, o Hamas, associado de Teerã, anunciou que vai intensificar os ataques contra Israel, com ajuda de outros grupos terroristas, com a deliberada intenção de sabotar o diálogo. O Hizbollah, outro associado do governo iraniano, aplaudiu o atentado do Hamas que matou quatro colonos israelenses, entre eles uma mulher grávida, dizendo que “essa é a maneira de liberar a Palestina”.




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