sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quatro notícias do Estadão sobre o resultado do IDEB

Avaliação mostra estagnação do ensino médio no Brasil, com nota 3,6:
Eles não sabem que metade é 50% nem identificar a ideia principal de um texto. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2009, divulgado ontem, mostra que os alunos do ensino médio estão estagnados no desconhecimento. Na média, numa escala que vai de 0 a 10, os estudantes tiraram 3,6 - nota apenas 0,1 maior do que a alcançada na edição anterior, de 2007.
Alunos do fundamental não compreendem gráficos:
Com a média obtida nos anos iniciais,alunos não conseguem:
Reconhecer diferenças no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos; Ler gráficos de setores; Resolver problemas envolvendo mais de uma operação.

Com a média obtida nos anos finais, alunos não conseguem:
Somar e subtrair usando parênteses e colchetes; Identificar a intenção do autor numa história em quadrinhos; Identificar as relações de causa e consequência implícitas no texto.

Com a média obtida no ensino médio, alunos não conseguem:
Reconhecer o efeito de sentido do uso de recursos ortográficos, como sufixo diminutivo; Resolver problemas de multiplicação e divisão, em situação combinatória, e de soma e subtração de números racionais.
Ensino médio fraco pode prejudicar economia:
Especialistas em educação ouvidos pelo Estado afirmam que o principal impacto do gargalo do ensino médio pode ser medido, a longo prazo, no mercado de trabalho, que pode sofrer com escassez de mão de obra de qualidade e profissionais mal preparados. "A qualidade do aprendizado se reflete na produtividade. Aprender pouco significa produzir pouco. Isso pode prejudicar a competitividade do Brasil com países que têm o ensino mais forte", afirma Naercio Menezes, economista da educação do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), antigo Ibmec.
'Não há docentes em número nem em qualidade no País':
Decompondo o Ideb em seus dois vetores, no fundamental se observa que o peso do desempenho escolar cresceu, com relação ao da aprovação ? o que mostra que a aprendizagem está fortemente influenciando o indicador. Mas no médio o caminho foi inverso: o fluxo ganhou impacto no aumento do índice.

Nessa etapa ocorre uma diversificação da oferta de disciplinas, mas o País não tem docentes em número e em qualidade. Dos professores que hoje ensinam física e química, somente 25% e 38% foram formados nestas matérias. Portanto, o ensino médio se coloca como grande desafio para os próximos governadores. E cabe ainda esperar a divulgação completa dos dados, para verificar se esse crescimento no Ideb se deu de maneira homogênea pelos Estados ou se foi puxado por aqueles que tinham as médias mais baixas. Isso evidenciará se a qualidade da educação segue o rumo da equidade.



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