sábado, 31 de julho de 2010

Fazendo seu trabalho, mesmo sob censura

Algumas notícias da semana, do Estadão. Destaques meus em negrito.

Portugal Telecom fecha acordo para comprar participação na Oi:
A Portugal Telecom fechou um acordo para comprar uma participação de 23% na brasileira Oi por aproximadamente 3,75 bilhões. Segundo fontes de mercado, o negócio, que tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser oficializado hoje, se tudo correr bem.

A venda ocorre depois de o governo ter adotado um discurso nacionalista para mudar a legislação e permitir que a Oi comprasse a Brasil Telecom, em 2008. Os bancos estatais chegaram a colocar R$ 6,9 bilhões na operação, para proteger a operadora da concorrência dos espanhóis da Telefónica e dos mexicanos da América Móvil, dona da Embratel e da Claro. Menos de dois anos depois, a empresa já começa a se desnacionalizar.
Senadores põem na campanha assessores pagos pelo Congresso:
Uma tropa de cabos eleitorais pagos pelo Senado está trabalhando na campanha dos senadores candidatos nos Estados. São assessores que, oficialmente, deveriam apenas cumprir expediente nos gabinetes, mas estão nas ruas pedindo voto, coordenando e ajudando na corrida eleitoral dos parlamentares.

Levantamento feito pelo Estado identificou uma intensa transferência de servidores registrados em Brasília para os redutos eleitorais dos senadores e a reportagem flagrou assessores que recebem salário do Senado atuando na campanha.

A reportagem constatou que, dos 53 senadores que disputam as eleições, 33 aumentaram o quadro de servidores de confiança entre julho de 2009 e julho de 2010 e transferiram a maioria para os Estados.
Uribe 'deplora' declaração de Lula:
Por meio de uma nota oficial de sua presidência, o colombiano Álvaro Uribe criticou ontem o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, por ter tratado a crise entre Bogotá e Caracas como "um caso de assunto pessoal". No comunicado, um meio pouco comum para a comunicação entre os dois países, Uribe diz que "deplora" a visão de Lula sobre o caso. (...)

Na quarta-feira, em Brasília, Lula havia opinado que o conflito entre Bogotá e Caracas era só "verbal" e era necessário ter "paciência" e "calma" até o dia 7. "Falam em conflito. Mas ainda não vi conflito. Eu vi conflito verbal, que é o que nós vemos mais aqui nessa América Latina", afirmou. Há uma semana, ele também defendeu que as Farc são um problema apenas da Colômbia. Ontem, a Presidência brasileira recusou-se a responder às críticas.

As Farc já chegaram a controlar um quarto dos municípios colombianos, mas nos últimos anos foram acuadas pelo Exército para rincões isolados e regiões de fronteira. O paradoxo é que deixaram de ser uma grande ameaça para a segurança interna na Colômbia, mas se tornaram um grave problema de política externa.
Unasul quer cúpula presidencial sobre crise:
Ao resumir as discussões, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, afirmou que não foi possível chegar a um acordo por causa das amplas divergências dos chanceleres Jaime Bermúdez, da Colômbia, e Nicolás Maduro, da Venezuela. (...)

Patiño disse que, por causa das divergências, não chegaram a acordo sobre um mecanismo de "verificação" da denúncia de Bogotá de que cerca de 1.500 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se refugiam em território venezuelano - acusação que levou a Venezuela a romper relações diplomáticas com o país vizinho na semana passada.

Após a reunião de quatro horas, Bermúdez acusou a Venezuela de impedir um consenso sobre um mecanismo de cooperação que impeça a presença de guerrilheiros colombianos em outros países. Segundo o chanceler colombiano, os participantes da reunião haviam chegado a um texto preliminar que incluía distintos aspectos, mas no último minuto a Venezuela decidiu que não aceitava o texto.


O Estadão está há um ano sob censura


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