Seguindo a dica de Fabiano Moraes, no blog Resistência, sobre a série de reportagens no Jornal da Globo:
Parafraseando o Chacrinha, metaparafraseando Lavoisier, "nas pesquisas governamentais nada se cria, tudo se copia, e por escribas analfabetos".
Por falar em Ama-zona: duas cartas (até agora) foram publicadas na revista Nature contra uma reportagem na revista cantando as glórias do governo brasileiro. A reportagem, além de criar uma ligação esotérica entre plantações de soja e o etanol de milho, louva a resistência governamental ao controle de mercado do desmatamento (créditos de carbono) e aplaude o programa assistencialista "tradicional" (mega-reservas controladas pelo Estado). Aí alguém disse: "polícia (controle estatal) em comunidades indígenas não dá certo". "Aliás, mega-reservas não dão certo". E outro lembrou que o mesmo governo não está nem aí prás comunidades ribeirinhas ou emissões de carbono, dado que vem construindo barragens e tem planos de construir hidroelétricas na Amazônia.
PS: Talvez os links para a revista Nature sejam de acesso restrito.
O governo do estado de Roraima entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para pedir uma revisão do decreto assinado pelo presidente Lula, em abril de 2005, que homologou a reserva Raposa Serra do Sol. Entre as alegações, argumenta que o laudo antropológico que serviu de base para a demarcação de terras teria sido fraudado.
Em 2004, o juiz federal Helder Girão mandou realizar uma perícia no laudo antropológico. “O grupo de peritos concluiu que esse laudo antropológico não tinha sido realizado e que na realidade ele não passa de uma montagem de várias peças antropológicas e jurídicas feitas através do recurso do recortar e colar”, contou o juiz.
A demarcação exigia um conhecimento prévio dos hábitos, da cultura e da ocupação da área. A Funai criou um grupo técnico para fazer o levantamento. O nome de Maíldes Fabrício Lemos aparece na equipe como técnico agrícola. “Eu acho que um negócio desses está errado, porque não sou técnico, eu sou motorista”, reclama.
Identificar a presença de fazendeiros, trabalhadores rurais e fazer uma radiografia das atividades econômicas na reserva era outro objetivo do laudo. Segundo a Funai, o economista responsável pelo levantamento teria sido o então professor da USP, José Juliano Carvalho.
Em carta ao Jornal da Globo, o professor declarou que não participou do grupo de trabalho e nunca foi a Roraima. Ele afirmou deplorar que seu nome seja utilizado ardilosamente contra os povos indígenas e a favor dos grileiros, que, segundo ele, se auto-intitulam empresários do agronegócio.
Parafraseando o Chacrinha, metaparafraseando Lavoisier, "nas pesquisas governamentais nada se cria, tudo se copia, e por escribas analfabetos".
Por falar em Ama-zona: duas cartas (até agora) foram publicadas na revista Nature contra uma reportagem na revista cantando as glórias do governo brasileiro. A reportagem, além de criar uma ligação esotérica entre plantações de soja e o etanol de milho, louva a resistência governamental ao controle de mercado do desmatamento (créditos de carbono) e aplaude o programa assistencialista "tradicional" (mega-reservas controladas pelo Estado). Aí alguém disse: "polícia (controle estatal) em comunidades indígenas não dá certo". "Aliás, mega-reservas não dão certo". E outro lembrou que o mesmo governo não está nem aí prás comunidades ribeirinhas ou emissões de carbono, dado que vem construindo barragens e tem planos de construir hidroelétricas na Amazônia.
PS: Talvez os links para a revista Nature sejam de acesso restrito.
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