segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mentiras democráticas

Dois artigos interessantes, que rebatem as falácias governistas. O primeiro é do blog do Ricardo Noblat:
Recapitulemos.

A VEJA informou que havia um dossiê montado para constranger a oposição e evitar que a CPI investigasse a fundo despesas pagas com cartão corporativo durante o governo Lula. E saques em dinheiro vivo feitos com cartão na boca do caixa.

O governo negou a existência do dossiê. Disse que há um banco de dados. Apenas isso. E que do banco de dados não se extraiu dossiê algum.

A Folha de S. Paulo informou que Erenice Guerra, o braço direito da ministra Dilma Rousseff, foi a responsável pela confecção do dossiê. E o jornal publicou parte dele.

Aí Dilma defendeu Erenice. Voltou a negar a existência de dossiê. E lançou dúvidas sobre parte do dossiê publicado pela Folha. Sugeriu que poderia se tratar de um documento falsificado.

Então... Então a Polícia Federal descobriu que cópia do dossiê foi enviada por José Aparecido para Eduardo Fernandes.

Mas como se o dossiê jamais existiu?

O segundo é do Fabiano Moraes, do blog Resistência:
E Dilma? Quais eram suas credenciais democráticas então? Segundo o próprio Gaspari, ela se batia pela “constituição do Estado Socialista Proletário e sua manutenção pelos trabalhadores em armas”. Não sei quanto a vocês, mas acho que isso de "Estado Socialista Proletário" tem o odor incofundível de genocídio.

Há um aspecto interessante que Gaspari deixa de investigar. Quais são as credenciais democráticas de Maia e de Dilma no período pós-ditadura? Como atuaram? A favor do Estado de Direito ou contra ele?

Não conheço nada que pese contra Maia nesse ponto. Mas conheço algo a seu favor: como notou o próprio Gaspari, o homem se submeteu mansamente às urnas – e venceu.

E Dilma? Terá abandonado a idéia genocida de constituir um “Estado Socialista Proletário” e aderido à Democracia? Aparentemente, sim. Mas, em restaurante grã-fino, confessou ter ordenado a confecção criminosa de dossiês para chantagear a oposição. (Atenção: quem conta essa história do restaurante não sou eu. É o próprio Gaspari, em bissexta encarnação de Dr. Elio.)

Representantes públicos deveriam assumir responsabilidade objetiva (liability) pelas bobagens que proferem. Em uma democracia madura isso se dá através do voto - daí que aqueles pegos com a boca na botija, ou mesmo em vias de sujar o nome, preferem renunciar. Na super-democracia latino-americana é mais divertido: eles dividem seu tempo entre diluir a responsabilidade e produzir novas bobagens, para delírio da imprensa. Que nem deveria ligar os holofotes em alguns casos...

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