domingo, 14 de outubro de 2007

Deus na Escola, por força de lei

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vetou o projeto de lei que quer implementar o ensino religioso como atividade extracurricular no ensino fundamental da rede estadual. Serra disse que essa decisão não pode ser imposta pelo Estado, e que cada escola deve definir suas grades extracurriculares.
A proposta, chamada de "Deus na Escola", é de sua correligionária (com o perdão do trocadilho) Maria Lúcia Amary (PSDB), que visava a criação de um "grupo de estudos formado por professores, pedagogos, estudiosos e representantes de diversas religiões para, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa, elaborarem um manual do projeto, homogêneo a todas as crenças". Homogeneização religiosa? E as crenças ateísticas e seitas, estão incluídas? A deputada ainda argumentou em entrevista à Folha de São Paulo que "tentar impedir a entrada de 'Deus na Escola' é, no mínimo, um ato antidemocrático". Eu diria que é um ato digno de excomunhão. Mesmo achando que Ele deveria ser mais participativo (Ele nunca comparece às reuniões de pais e mestres, por exemplo), forçar sua presença seria ainda mais anti-democrático.

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