sexta-feira, 25 de maio de 2012

Corte de verba, código florestal -- artigos no JC

Corte no Ministério da Ciência e equívocos, artigo de Rogério de Cerqueira Leite
No mesmo momento em que a administração federal cortava em 23% (R$ 1,5 bilhões) o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, era aprovado um programa de bolsas para o exterior, denominado Ciência sem Fronteiras, de R$ 3,2 bilhões. Não é só o maior programa com recursos públicos do mundo. É, certamente, maior que todos os demais, de todos os outros países juntos.
O também gigantesco programa de bolsas para o exterior da China, igualmente para 100 mil estudantes (denominado "100.000 Strong"), é inteiramente custeado por recursos privados, enquanto o brasileiro é mantido em 75% de seus custos por verba pública federal. Dos 700 mil estudantes estrangeiros em escolas e universidades americanas, apenas 4,6% são sustentados com recurso público de seus respectivos países.
Simultaneamente, o governo injeta uma verba adicional de R$ 6 bilhões na Finep, aparentemente para apoiar indústrias inovadoras e, especialmente, aquelas que atuam em áreas relevantes para o "pré-sal".
SBPC em Chapadinha: Aleixo defende racionalidade no veto do Código Florestal -- artigo de Viviane Monteiro para o Jornal da Ciência
Ao mesmo tempo em que defende a reversão do texto sobre as APPs, dentre outros pontos, Aleixo reconhece, também, a situação de produtores rurais que na década de 1970 receberam incentivos para ocupar e explorar a região Norte do País (Amazônia), pelo famoso programa "Integra para não entregar" que permitia desmatar até 80% das propriedades rurais. Agora, com as modificações da lei, querem cobrar a restauração dessas áreas. As estimativas publicadas na imprensa são de que, na década de 1970, as derrubadas atingiram 14 milhões de hectares, número que deve somar cerca de 70 milhões de hectares em anos mais recentes.
O cientista discorda da opinião do modelo de ambientalistas que querem que esses produtores rurais paguem pelo desmatamento estimulado por esse programa. "Existem produtores rurais que trabalham corretamente. E por essa razão não se pode generalizar no tratamento dado [no Código Florestal]. É preciso ter racionalidade", recomenda Aleixo.
No JC também tem outro artigo que chega a ser engraçado, o autor tentou juntar todas as referências acadêmicas que já havia ouvido falar, mas saiu só um ad hominem. (Aliás, será que ele leu mesmo algo daElinor Ostrom ou do Bjørn Lomborg?) Dá vergonha do que passa por conhecimento acadêmico no Brasil.

Qualquer um pode passar por sabichão

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