sábado, 13 de outubro de 2007

Por que o mito de Che é ruim para a esquerda

texto extraído do Economist:
A frail asthmatic, he took up arms with Fidel Castro's guerrillas in Cuba's Sierra Maestra. After their victory, Guevara would fight again in the Congo as well as Bolivia. He fought dictators who were backed by the United States in the name of anti-communism when the cold war was at its hottest, and when Guevara's cry to create “two, three...many Vietnams” resonated on university campuses across the world. His renewed popularity in recent years owes much to a revival of anti-Americanism.
But it is semiotics, more than politics, that leads teenagers ignorant of the Sierra Maestra to sport Che T-shirts. Korda's photograph established Guevara as a universal symbol of romantic rebellion. It helps, too, that he died young, at 39: as a member of the Cuban gerontocracy he would hardly have become the James Dean of world politics.
Um asmático frágil, ele lutou nas guerrilhas de Fidel Castro em Sierra Maestra de Cuba. Após sua vitória, Guevara lutaria novamente no Congo bem como na Bolívia. Ele combateu ditadores apoiados pelos Estados Unidos em nome do anti-comunismo quando a guerra fria estava mais quente, e quando o apelo de Guevara em criar "dois, três... vários Vietnãs" repercutia em campus universitários pelo mundo. Sua popularidade renovada em anos recentes deve-se muito à volta do anti-americanismo.
Mas é semiótica, mais que política, que leva jovens ignorantes de Sierra Maestra a brincar com camisetas de Che. A fotografia tirada por Korda estabeleceu Guevara como um símbolo universal de rebelião romântica. Ajuda, também, o fato de ele ter morrido cedo, aos 39: como membro da gerontocracia cubana ele dificilmente se tornaria o James Dean do mundo da política.

No texto ainda se nota que em vez de um romântico cristão, Guevara era um marxista dogmático e cruel, que defendia não a liberação mas uma nova tirania. Como ministro das indústrias, ele advocava a expropriação, da última fazenda até a última loja. Sua exortação à tática de guerrilha, independentemente da circunstância política - o dever do revolucionário é fazer a revolução - iludiu milhares de latino-americanos às suas mortes, ajudou a criar ditaduras brutais e atrasou a conquista da democracia. Sem contar os pelotões de execução de "contra-revolucionários" dos quais era encarregado e do assassinato de suspeitos de traição.

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